Em Abril do ano passado escrevi que não gostava do novo Papa. E indiquei uma única razão: este Papa não iria ajudar à Paz.
Numa intervenção na Universidade de Regensburg, onde no passado leccionou, o Papa explorou as diferenças históricas e filosóficas entre o Islão e o Cristianismo e a relação entre violência e fé. A certa altura, citou um imperador bizantino, segundo o qual Maomé só trouxe ao mundo coisas “más e desumanas, como o direito a defender pela espada a fé que ele persegue”. Esqueceu-se das Cruzadas e subscreveu mesmo que Maomé seria demoníaco!
As reacções não se fizeram esperar. O mundo muçulmano explodiu de raiva e as manifestações multiplicam-se por todo o mundo. A comunidade muçulmana exige um pedido de desculpas.
A Igreja só pediu desculpas uma vez e foi com João Paulo II. Dizer que a diferença entre este Papa e o anterior é infinitamente incomensurável ainda é dizer pouco.
João Paulo II criou os Encontros de Assis, para promover o diálogo entre religiões, permitindo pela fez encontros que nunca tinham sido realizados na história. Nos encontros desde ano, longe da expressão de outrora, Bento XVI esteve ausente.
Tem uma visita marcada para Novembro à Turquia. Duvido que se realize. Começou bem, chamando ontem Constantinopla a Istambul, mais uma vez despromovendo a importância do Islamismo.
É preciso dizer mais?
Papa o Papa…
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AR