Telejornal da noite. Durão Barroso e Sócrates, inquiridos por um jornalista sobre o sempre incómodo tema do terrorismo, debitam, incomodados, a ladainha do costume:
“Reforçar a segurança interna de cada país, a cooperação de polícias entre estados, e fomentar o entendimento entre civilizações.”
Evidente, mas a resposta mais importe, e que ninguém deu, é: eliminar a pobreza no mundo, principalmente nos países de grande influência de fundamentalismos religiosos. Será assim tão difícil perceber isto?
Nos países onde se recrutam suicidas, a pobreza é estrema, e as possibilidade de futuro nulas. Nada têm a perder. Apenas invejam a riqueza que lhes chega pela MTV.
O que resta aquela gente? Resta a possibilidade de serem heróis e terem um mundo magnífico à sua espera no lado de lá (70 virgens incluídas). E no caso dos atentados de Londres em que os terroristas estavam integrados na comunidade? Estariam mesmo? E que dizer de um estudo recente que indica a Inglaterra com o pais europeu em que é mais difícil subir de estrato social. Isto é, quem nasce pobre, invariavelmente morre pobre. Filmes como Braveheart, o filme de Mel Gibson sobre o herói/terrorista (depende do ponto de vista, se o de Inglaterra ou Escócia), são o nosso contributo para que os candidatos a terroristas dêem o ultimo passo.
São a nossa critica ao mundo actual, onde faltam os valores antes nobres como a noção de honra, o dar a vida pela pátria, a falta de heróis.