Imperdível o discurso de Harold Pinter de aceitação do Prémio Nobel da Literatura 2005. Todo o discurso é fantástico, mas não pude deixar de traduzir a pérola que é o discurso que aspirou escrever para George W. Bush.
Diz George, pela mão de Pinter:
Deus é bom. Deus é grande. Deus é bom. O meu Deus é bom. O deus de Bin Laden é mau. O deus dele é um deus mau. O deus de Saddam era mau. O deus de Saddam era mau, só que ele não tinha nenhum. Ele era um bárbaro. Nós não somos bárbaros. Nós não cortamos as cabeças às pessoas. Nós acreditamos na liberdade. Deus também. Eu não sou um bárbaro. Eu sou o líder eleito democraticamente de uma democracia amante da liberdade. Nós somos uma sociedade misericordiosa. Nós electrocutamos por misericórdia e as nossas injecções letais são misericordiosas. Nós somos uma grande nação. Eu não sou um ditador. Ele é. Eu não sou um bárbaro. Ele é. E ele também. Todos o são. Eu possuo autoridade moral. Estão a ver este punho? Esta é a minha autoridade moral. Nunca o esqueçam.