Esta actual forma de estado de direito irracionalmente mediatizado, terá que ser seriamente repensada num futuro próximo.
Senão vejamos, há traços característicos preocupantemente comuns na forma de estar de todos os autarcas mediáticos eleitos (sublinho: os mediáticos, ou melhor, mediatizados). Um espécie de arrogância, uma insolente e sobranceira postura do “eu faço”, quer o modus operand deste “eu faço” seja idóneo e digno de mérito ou não. In case of doubt, make it sound convincible. Carmona Rodrigues, Fernando Seabra, Isaltino Morais, Rui Rio, Valentim Loureiro, Fátima Felgueiras. Todos homens de barba rija, capazes de “pôr isto na ordem”.
Churchill sempre o disse; o povo é, de facto, fácil de enganar. Carmona Rodrigues foi quem percebeu isso melhor, considero mesmo o cartaz em mangas de camisa como um verdadeiro case study. Só que, infelizmente há os que falam do que fazem e os fazem o que falam.
Resta acrescentar que, neste clima de culto extremo da personalidade, ninguém ouve o que os políticos têm para dizer. Zero.
Update: Mesmo dentro do estilo, há que fazê-lo com uma certa classe. Adelino Ferreira Torres exagerou e ficou pelo caminho.